segunda-feira, 24 de agosto de 2015

EBD BETEL - COMENTÁRIOS ADICIONAIS - A irreverência destruiu Ananias e Safira 30/08/2015

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Lição 09 – 30 de agosto de 2015 “A irreverência destruiu Ananias e Safira”

Professor, esta é uma lição para profunda reflexão. 

PERSONAGENS PRINCIPAIS: Pedro, Ananias, Safira

Após a leitura dos textos de referência, uma pergunta importante pode ser feita para despertar o interesse de seus alunos no início da aula.

PERGUNTA INICIAL
Porque não foi dado a Ananias e Safira a possibilidade de se explicarem, de reconhecerem seu gesto errado e se converterem?

Deixe a resposta para a Conclusão, peça para que seus alunos pensem a respeito.

Introdução
Professor, após a leitura da Introdução, faça um breve resumo da aula


Esta passagem bíblica é muito conhecida, porém vamos entender detalhadamente o cenário que está descrito inicialmente em Atos 4 e o que acontece em Atos 5.

Em ATOS 4 temos a narrativa de uma Igreja que Tinha Um só coração, Tinha Um só pensamento e Sinais e Prodígios por meio dos apóstolos são constantemente relatados por Lucas. O Capítulo 4 em particular finaliza com o gesto voluntário e generoso de Barnabé, veja o que está escrito:

"Foi assim que José vendeu um terreno dele e entregou o dinheiro aos apóstolos. José era levita e havia nascido na ilha de Chipre. Os apóstolos o chamavam de Barnabé, que quer dizer “Aquele que dá ânimo”." Atos 4. 36.37

Logo em seguida inicia o Capítulo 5 de Atos e do versículo 1 ao 11 vemos a trágica história de Ananias e Safira que tendo o melhor, trouxeram o pior. 

É significativo o pecado de Ananias e Safira, um pecado pelo qual eles se excluem da comunidade relatada de Atos 4 onde havia unidade em tudo que faziam, uma comunidade que não deveria haver desvios e contaminações.

Nesta passagem bíblica, além de se destacar a importância da santidade que era presente na Igreja Primitiva, na qual está presente o Espírito Santo, o que ocorre com Ananias e Safira serve como alerta e correção aos cristãos. É sobre esta história que vamos mergulhar.

1. A GRAÇA É INTERROMPIDA PELO JUÍZO

1.1 Ananias e Safira

Professor, alguns fatos importantes devem ser destacados para conseguirmos entender o que aconteceu neste episódio trágico

ANTIGO TESTAMENTO

  • Os da Igreja Primitiva  sabiam do perigo de mentir contra Deus, veja a referência em 2 Rs 5.20-27, quando Geazi foi tomado de lepra por ter mentido?
  • A pureza entre o povo no Antigo Testamento era primordial, a importância da sinceridade era mais séria do que a maioria dos cristãos faz hoje
  • Veja também a referência em Josué 7 - O pecado de um homem que guardou depojos (sobras, restos) para si mesmo. Israel precisava avançar e somente a morte do transgressor permitiu que Israel avançasse de novo.
  •  No Antigo Testamento também temos a figura do sacerdote, ele era MEDIADOR entre Deus e o povo, oferecendo SACRIFÍCIOS e orando em seu favor (Êx 28—29; Lv 21; 1Cr 24).  Isso significa que eram santos, não devendo ser considerados comuns.  Deus até mesmo mandou que usassem "vestes santas" quando estivessem ocupados com as funções sacerdotais, e, antes de servirem a Deus no santuário, tinham de fazer purificação cerimonial, ofertas, unção e aspersão do sangue. Caso esteve sarcedote estivesse em pecado ao apresentar a oferta para Deus, morria na mesma hora.
A IGREJA PRIMITIVA
  • Os cristãos primitivos agem não segunda uma regra, mas pelo amor
  • No Novo Testamento Pedro diz que o povo de Deus seria "sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo" (1 Pedro 2:5).
  • Aqui não há espaço para mentiras em meio a tamanha verdade, nesta comunidade vemos um grupo de coração puro, autoridade espiritual, extrema dedicação e total entrega da suas vidas a Deus.  
ANANIAS E SAFIRA
  • O pecado dos dois cristãos não é só um pouco de vaidade ou de mentira, mas uma afronta e um atentado a santidade e integridade cristã que tem sua raiz na presença do Espírito Santo, o Espírito do Senhor (5, 3.9). Tu não mentistes aos homens, mas a Deus (5,4).
  • No gesto de Ananias, que introduz a mentira e a cobiça do dinheiro na comunidade dos discípulos, está agindo o poder mentiroso de Satanás.

1.2 A palavra de juízo

O JUÍZO
  • Aqui se manifesta o juízo de Deus e Pedro se faz interprete autorizado.
  • Um juízo que ameaça com a morte quem sai para fora da comunidade da vida, a comunidade cristã. Parecem palavras pesadas, mas aqui existia uma comunidade santa, estamos falando de pessoas como Paulo, Pedro, Estevão, Barnabé, Marcos, Lucas e tantos outros que nos inspiram pela ousadia, entrega, santidade e comunhão. Neste lugar, não tinha mesmo espaço para qualquer tipo de engano.
O TEMOR
  • Os cristão e os que veem o juízo de Deus na morte do casal se dão conta que nesta comunidade está presente Deus através do Espírito Santo - Um temor difundiu-se em todos: E grande temor apoderou-se de toda a igreja e de todos os que ouviram falar desses acontecimentos. Atos 5.11
O ALERTA
  • O relato de Lucas em Atos dos Apóstolos 5. 1-11 faz um grande alerta: Cuidado com a obscuridade, a incerteza, a dúvida do POSSUIR, onde encontra-se o chamariz para hipocrisia e a mentira.
  • As palavras de Ananias desmascaram a grande dúvida que há no seu comportamento na gestão da propriedade e dinheiro.  O que deveria ser sinal de comunhão, torna-se um gesto de prestígio, ou seja, fontes de divisão fundadas na mentira.
  • É esta a estrada que afasta alguém da comunidade cristã e finalmente o congela na morte espiritual.


1.3 A providência divina

A partilha de bens é um gesto de liberdade e não de aprisionamento, não fomos chamados a ficar amarrados em nossas transgressões, mas para sermos livres em Cristo Jesus, Deus tem um enorme zelo por sua Igreja, por isso que há ataques inimigos por todos os lados, mas se somos separados e sacerdócio real, para não entramos em ciladas, precisamos entender: 


A QUEM ESTAMOS SERVINDO
  • Se isto não ficar claro na nossa mente, podemos servir a interesses particulares, a um grupo da Igreja, ao Pastor
  • Quem serve a Deus não tem necessidade de holofotes 
  • Quem serve a Deus não é regido por interesse próprio, não se amedronta com pressões e com intimidações, não vende sua consciência 
  • É curioso que servir a Deus não facilita a vida de ninguém, o fato de você não favorecer este ou aquele, isto vai complicar a sua vida. 
  • A vida cristã é pautada por lágrimas, provações  e até ciladas.

RENÚNCIA
  • Um dos maiores exemplos que temos é a abnegação de Paulo – Quanta gente buscando lucro, parece que a Igreja virou uma empresa da família, o ministério é para se sacrificar, no exemplo de Paulo vemos ele ser ser preso, apedrejado, rejeitado, não há recompensa terrenas / financeiras pra ele.

O DEUS QUE GUARDA SUA IGREJA - A providência
A ideia de assistir na língua grega é a vida é um fardo tão pesado que você não consegue carregar sozinho, então o Espírito Santo vem e toma esse fardo e o carrega por você, mas em que consiste exatamente nossa fraqueza, Paulo diz que a nossa fraqueza consiste que nós não oramos como convém, porque não sabemos o que é melhor pra nós, por isso que o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis, Ele cuida de nós, Ele cuida da Sua Igreja:

  • O Espírito Santo: intercede por nós de forma intensa, sobremaneira, é agônica, com gemidos inexprimíveis, o que é um gemido? É uma expressão tão profunda de um desejo ou dor que você não consegue articular isso em palavras. Quando Ele está intercedendo por você, é uma intercessão eficaz.
  • O seu amor por Deus: Se você ama a Deus, as rédias da sua vida estão nas mãos do Todo Poderoso Deus.
  • O amor de Deus por você"...Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro". Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, Por meio daquele que nos amou. Rm 8 - O amor de Deus é um amor eterno, incondicional, perseverante e sacrificial, é um amor espontâneo, mas Deus nos ama, sendo nós fracos, Ele cuida da sua Igreja que está em Cristo Jesus.
  • Deus ama sua Igreja: Porque Deus ama sua igreja, ele precisa agir de maneira a disciplinar os pecados que surgem em seu meio. Com a morte de Ananias e sua esposa, Lucas diz que “sobreveio grande temor a todos os ouvintes” (v.5,11). As pessoas tomaram consciência de que Deus não tolera o pecado. Ele não “pode suportar hipocrisia com ajuntamento solene. Jesus disse dos fariseus: “Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim”. (cf. Mc 7.6).
O DEUS PROVEDOR
Deus nos ensina que devemos depender do provedor e não da provisão, nossos corações endureceram tanto em relação ao dinheiro que muitos de nós com tantos escândalos e mensagens pregadas na televisão sobre prosperidade financeira totalmente fora dos padrões bíblicos, tornamos céticos e incrédulos sobre a liberalidade de ofertar.

Esquecemos inclusive do Deus Provedor, lembre-se que:
  • Quando a sua fonte seca, a fonte de Deus continua jorrando
  • Quando sua dispensa fica vazia, o celeiro de Deus continua cheio
  • A nossa dependência tem que ser do provedor e não da provisão

2. UMA CULTURA ORGULHOSA E MATERIALISTA

2.1 Uma cultura arrogante

CONTEXTO HISTÓRICO
Historicamente o povo de Jesus era dominado pelos romanos. Logo, a influência social e política eram demasiadas. Portanto, diante destes aspectos, podemos entender certas situações nas quais passavam:
  • A SOCIEDADE: A sociedade romana das cidades no tempo de Jesus era formada por livres e escravosOs escravos não possuíam direitos civis nem podiam constituir famílias, eram tratados com muita dureza em Roma, considerados como animais e chamados de soma, desenvolviam trabalhos agrícolas ou serviços domésticos. Entre os escravos, o cristianismo encontrou muitos adeptos, eles eram considerados filhos de Deus e irmãos de Cristo, adquirindo sua dignidade humana. Uma lógica menção sobre o sentido da escravidão no Novo Testamento, conferir a Epístola de Filemon12
  • A POLÍTICA: Em relação à posição política, os imperadores romanos da época do Novo Testamento foram Tibério, que com a morte de Augusto reinou entre o período de 14 a 37. Sob o seu governo temos a vida pública e a morte de Jesus, o nascimento da comunidade cristã e a conversão de Paulo. Era costume de Tibério deixar os governadores das províncias por longo tempo no cargo. Seu governo teve como procuradores da Judéia Valério Grato, nomeado no ano 15, e Pôncio Pitalos, no ano 26. Como tretrarca teve Herodes Ântipas. 
  • HERODES "O Grande": Com a  morte de Tibério (16 de março de 37), o trono foi sucedido por Caio César Calígula, que governou até o ano de 41. Calígula restituiu o reinado de Herodes “o Grande” dando o título de rei ao seu sobrinho Agripa I. Durante seu governo foi forte a perseguição aos judeus que cessou com a nomeação de Cláudio. 
  • RELATOS BÍBLICOS: Após Calígula, reinou Cláudio Nero Drusso que permaneceu no trono até o ano de 54 d.C. Alguns procuradores do reinado de Cláudio são relacionados por Paulo na Bíblia. Sob seu reinado, alguns fatos são narrados no Novo Testamento, como a fome (At 11,28) que é também lembrada por historiadores (Flávio Josefo, Suetônio, Tácito, entre outros), bem como a expulsão dos judeus de Roma. "Um deles, Ágabo, levantou-se e pelo Espírito predisse que uma grande fome sobreviria a todo o mundo romano, o que aconteceu durante o reinado de Cláudio." At 11.28
  •  A RELIGIÃO: No sentido religioso, o fenômeno mais notável dentre as várias manifestações religiosas do mundo greco-romano era a religião imperial, ou seja, o culto a Roma e ao imperador. 
    • Seu culto oficial surgiu com Augusto, que recebeu forte influência com a nomeação de Alexandre “o Grande” (ano 332) pelos oráculos e pelos sacerdotes como “filho de Amon” que equivalia em grego ao “filho de Zeus”. 
    • Augusto se intitulou herdeiro e sucessor de Alexandre. Já a partir de 29 a.C., as cidades da Ásia Menor, Pergámo, entre outras, organizavam seus cultos ao imperador. Nestas cidades havia templos dedicados à deusa Roma. 
    • Nero e Domiciano estimularam e exigiram a adoração a sua pessoa. O cristianismo encontrou vários problemas com relação ao culto imperial, como, por exemplo, o próprio Jesus que sofreu com esta acusação (Lc 23,2). 
    • Assim, a situação do livro no seu contexto serve para mostrar as crises e dificuldades dos primeiros cristãos.

2.2 Pregando sem palavras


A HUMILDADE PRESENTE NA IGREJA PRIMITIVA

A humildade é a virtude que promove a unidade cristã. A humildade é o remédio para os males que atacam a unidade da igreja. Humildade era uma expressão carregada de grande desonra no pensamento grego, tendo conotações de “servilismo”, como nas atitudes de um homem escravo. 
Quase sempre entre os escritores gregos, “humildade” tem um significado negativo. Entre o povo de Deus, porém, a humildade é um imperativo, pois “Deus escarnece dos escarnecedores, mas dá graça aos humildes” (Pv 3.34). 
“Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tg 4.6) e o apóstolo Pedro ordena: “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte” (1Pe 5.5).
Os discípulos de Cristo demoraram entender essa lição e muitas vezes discutiram quem devia ocupar a primazia entre eles. Nessas ocasiões, Jesus lhes dizia que maior é o que serve e que ele mesmo veio não para ser servido, mas para servir (Mc 10.45). Três fatos importantes:
  • O que é humildade (Fp 2.3). A humildade provém do verdadeiro conhecimento de Deus e do correto conhecimento de nós mesmos. Enquanto a ambição e o preconceito arruínam a unidade da igreja, a genuína humildade a edifica. Ser humilde envolve ter uma correta perspectiva sobre nós mesmos em relação a Deus (Rm 12.3), que por sua vez nos coloca numa correta perspectiva em relação ao próximo. 
  • Como a humildade se manifesta? (Fp 2.3,4).O apóstolo Paulo menciona duas manifestações da humildade.
    • Uma pessoa humilde não tem sede de fama, projeção e aplausos. Ela não se embriaga com o poder. Ela não busca os holofotes do palco nem corre atrás das luzes da ribalta. Uma pessoa humilde não canta “quão grande és tu” diante do espelho.
    • Ter interesse em proteger os interesses alheios, porém, faz parte dos alicerces da ética cristã. No mundo cada um cuida primeiro de si, pensa somente em si e tem o olhar atento apenas para os próprios interesses. Os interesses dos outros estão fora de seu verdadeiro campo de visão. Por isso, tampouco, existe no mundo verdadeira comunhão, mas somente o medo recíproco e a ciumenta autodefesa contra o outro. Na irmandade da igreja de Jesus pode e deve ser diferente.
  • O supremo exemplo da humildade Paulo cita quatro exemplos de humildade, ou seja, colocar o “outro” na frente do “eu” (Fp 2.5; 2.17; 2.20; 2.30). Porém, o argumento decisivo de Paulo é o exemplo de Cristo (Fp 2.5). O exemplo de Cristo é sempre o argumento supremo de Paulo, principalmente quando trata do interesse pelo bem-estar do próximo. Se o exemplo de Cristo deve ser seguido, é melhor, então, manter maior interesse pelos direitos dos outros e pelos nossos deveres, do que cuidar principalmente de nossos direitos e dos deveres dos outros.

2.3 Servindo com reservas

Você pode ter uma aréola de santidade na cabeça, mas um coração podre, só Deus vê isso. Se mais de 10 mil pensamentos por dia passa na nossa cabeça, segundo os psicólogos, quais pensamentos íntimos você teria coragem de contar a alguém? Nós somos mais pecadores do que imaginamos. E não há formas de subordinar o tribunal de Deus. 


Desobediência ostensiva à Palavra de Deus  – Diante das bênçãos especiais de Deus descritas na Bíblia, muitas vezes o povo reage com soberba, dura cerviz e desobediência ostensiva à Palavra de Deus. Deus nos dá libertação do cativeiro, livramento do inimigo, direção no deserto e Palavra do céu, mas às vezes desprezamos a Deus e à sua Palavra.
Esquecimento dos milagres de Deus – Muitas vezes respondamos as milagrosas maravilhas de Deus com total descaso. Esquecemos dos milagres. A ingratidão fere o coração de Deus. Não reconhecer os milagres de Deus na nossa vida é um grande pecado. 
Saudade do passado de escravidão – Muitos se cansam de Deus. Ficam enfadados de Deus. Cansam de ser um povo santo. Muitos estão na igreja, mas o coração está no mundo. Têm saudade de seus pecados.
A apostasia da adoração – Trocam Deus por seus ídolos pessoais. A idolatria é um pecado que ofende a santidade de Deus. A idolatria despreza a Deus. Os idólatras não entram no reino de Deus (Ap 21:8). Não podemos colocar ninguém no lugar de Deus.
A AMBIÇÃO - Os perigos da ambição
Cada vez mais as pessoas busca acumular riquezas, os bens materiais nunca lhes são suficientes (Sl. 62.10; Pv. 30.15). É preciso ter cuidado para não sacralizar o dinheiro, pois Jesus se expressou de modo bastante realista a seu respeito (Mt. 6.19-21) e Paulo, ressaltou que o amor a ele é a raiz de toda espécie de males (I Tm. 6.10). Tenhamos em mente o firme fundamento de que há um poder que transcende ao secularizado, é o poder do Espírito Santo (At. 1.8).
A BOA NOTÍCIA
Professor, enfatize que o arrependimento nos trás de volta para perto do Senhor e que se confessarmos nossos pecados, ele é fiel para nos purificar.
  • "Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus,
  • porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte." Rm 8.1-2
  • "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça." 1 Jo 1.9
  • "Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?" Rm 8.35
  • "Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor." Rm 8. 38-39

3. LIÇÕES DE UM JUÍZO INESPERADO


3.1 Juízo em tempo de graça

Não há espaço na comunidade cristão para nenhum se vangloriar.


Em Romanos 6:23 está escrito –  Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.
E ainda diz I Corintios 6:9-10 – Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
É impossível fingir ou mentir para Deus: Pedro deixa muito claro que o pecado daquele casal foi um pecado contra Deus (5.3,4). Ananias e Safira estavam mentindo para Deus e não para os homens. Davi também entendia assim quando ao encarar seu pecado disse: “pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que era mal perante os teus olhos..” (Sl 51.4).

Precisamos ter consciência deste ponto. Antes que nosso pecado seja contra pessoas, pecamos contra Deus. E ele não precisa ficar nos espionando pelo buraco da fechadura para saber o que fazemos às escondidas “...todas as coisas estão desnudadas e patentes aos olhos daquele a quem temos que prestar contas” (Hb 4:13). Não existe nenhuma criatura que não seja descoberta na Sua presença.

Não temos como fingir ser o que não somos. Sempre estamos desnudados na presença dele e isto em face de que Ele “não nos vê como o homem vê...o homem vê o exterior, porém, o Senhor vê o coração” (I Sm 16:7). Sua vigilância é tremendamente perfeita (Sl 139.1-5). 

A certeza de que é impossível esconder qualquer coisa de Deus, deveria poderosamente influenciar toda a nossa conduta, a fim de fugirmos do pecado, e caso aconteça, abandonar esta infrutífera e inútil tentativa de tapear Deus.

Deus ama sua igreja e deseja protegê-la do grave pecado da hipocrisia: A gravidade deste pecado pode ser constatado por dois aspectos: a) Trata-se de uma mentira contra o Espírito Santo ou contra Deus e b) a morte instantânea e imediata de Ananias e Safira.
  • O objetivo da disciplina é manter a igreja pura, restaurar o pecador e trazer glória a Deus. 
  • A disciplina não é um caminho opcional para a administração da igreja, mas uma necessidade, que deve ser entendida, obedecida e aplicada, para manter a saúde espiritual da igreja. 
  • Calvino, ao falar sobre a necessidade da disciplina eclesiástica disse que: "aqueles que pensam que a igreja pode sobreviver por longo tempo sem disciplina estão enganados; a menos que pensemos que podemos omitir um recurso que o Senhor considerou necessário para nós."
Como bem disse A.W. Tozer: “Não “o quê” mas “por quê” será a pergunta importante que ouviremos, quando nós, crentes, comparecermos no tribunal, a fim de prestarmos contas dos atos praticados enquanto estávamos no corpo”

3.2 O temor do Senhor

O QUE O PECADO PRODUZ?

Professor, caso você tenha recursos visuais, o vídeo abaixo do Pastor Hernandes Dias Lopes fala de modo geral do resultado da escravização do  pecado no homem / mulher.



3.3 Ananias e Safira foram salvos?

Tudo leva a crer que não, use este tópico para fazer um breve trabalho com sua sala, dividindo-a em grupos e os deixando refletir sobre esta pergunta, peça que eles também façam a conclusão, se seu Pastor estiver presente, peça que faça a conclusão da lição.

Boa Aula e que Deus te use tremendamente!

CONCLUSÃO

Fontes: 
Comentários Bíblicos Atos - Craig S. Keener
Atos dos Apóstolos - Comentário Versículo a Versículo - Rinaldo Fabris
Estudos Bíblicos - Hernandes Dias Lopes
Contexto Histórico - PUC RJ - http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/10364/10364_3.PDF



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