EBD BETEL - Comentários Adicionais - LIÇÃO 4 - Conhecendo o Arrependimento Bíblico e frutífero - 22/10/2017

Caro (a) Professor (a), após a leitura inicial do tema e texto de referência, uma boa maneira de iniciar a aula é perguntando "O que é Arrependimento?"

O QUE É ARREPENDIMENTO? Decisão de mudança total de atitude e de vida, em que a pessoa, por ação divina, é levada a reconhecer o seu pecado e a sentir tristeza por ele, decidindo-se a abandoná-lo, baseando sua confiança em Deus, que perdoa. (Dic Bíblico Almeida)

INTRODUÇÃO 

+ ITEM 1.1 O Arrependimento e seu significado

Explicando "A parábola dos dois filhos"

A PARÁBOLA – Significado – Mateus 21.28-32

O primeiro filho, que inicialmente disse não ao pai, mas depois se arrependeu e foi trabalhar na vinha, representa os publicanos e as prostitutas, pessoas excluídas e consideradas indignas perante a religiosidade judaica, e que, embora com seu modo de viver inicialmente recusavam os mandamentos de Deus, por fim se arrependiam e passavam a fazer a Sua vontade.


Por outro lado, aqueles religiosos judeus agiam como o segundo filho, aparentemente concordando em seguir a Palavra de Deus, mas no final o resultado real era apenas a desobediência.

No versículo 31, Jesus deixa isso bem claro dizendo que aqueles desprezados pecadores, estavam entrando no Reino de Deus antes dos que insistiam em manter uma imagem à primeira vista irrepreensível, mas fatalmente corrompida. Estes diziam que obedeciam a Deus, mas não estavam obedecendo, porque esse falso “sim” nada mais era do que o verdadeiro “não”, e o espontâneo “não” dos pecadores rejeitados era o início de um “sim” de arrependimento.

EM QUE CONTEXTO A PARÁBOLA É CONTADA
Ler Mateus 21 23-32 - 

De acordo com Mateus: Jesus estava ensinando na templo; de acordo com Lucas, tanto ensinava como pregava o evangelho. Embora a situação estivesse altamente agitada e tensa. Jesus não deixou de cumprir a sua missão de ensino e de curas, e ousadamente fez do templo o centro de suas atividades. Era inevitável que surgissem conflitos com as autoridades.

Estas planejavam seu assassinato, mas, ao mesmo tempo, procuravam desacreditar o seu ministério, salientando que Ele jamais fora consagrado como rabino e não tinha o direito de ensinar nem no templo e nem em qualquer outro lugar.

QUEM ERAM? Principais sacerdotes e os anciãos: provavelmente é uma alusão a certos representantes do sinédrio, que foram nomeadas para interrogara Jesus, possivelmente incluindo os chefes das vinte e quatro grupos de sacerdotes, o presidente do sinédrio, e talvez, até o próprio sumo sacerdote. Assim sendo, as mais altas autoridades religiosas da nação inteira procuravam interromper a Jesus enquanto ele falava, exigindo resposta às suas indagações O povo, ao redor, guardava silêncio e ficava á espera da resposta. 

A maioria, pelo menos nessa altura dos acontecimentos, estava ao lado de Jesus, temendo que ele não fosse capaz de defrontar-te com êxito com um grupo de autoridades religiosas. É possível que as autoridades religiosas esperassem ouvir de seus lábios alguma reivindicação de soberania ou de outra posição política qualquer, a fim de que pudessem acusá-lo ante as autoridades romanas, para que mais facilmente se vissem livres dele.

Ao menos esperavam alguma resposta que pudessem torcer, para arruinar a sua imagem aos olhos do povo ou a fim de usá-la em algum julgamento formal futuro, contra ele.

Autoridade: O direito de ensinar era usualmente conferido pelos escribas ou por um de seus principais representantes, a alguém que tivesse completado os estudos exigidos, geralmente aos pés de algum instrutor ou instrutores reconhecidos. Terminado curso , tinha então uma cerimônia, na qual o diplomando recebia uma chave, símbolo da interpretação da lei. Ora, o profeta de Nazaré não apresentava essas credenciais; mas João Batista também não as tinha, a despeito do que era proclamado profeta, tal como Jesus também . 

Em sua resposta Jesus preferiu deixá-los confusos com uma pergunta difícil, e provavelmente já estavam exasperados além do ponto de poderem fornecer qualquer explicação ou de se defenderem. 

Os dois filhos podem representar todos aqueles que tem recebido orientações claras do Pai no sentido de serví-lo, honrá-lo e agradá-lo.

A aplicação da parábola, que aparece no vs. 32, demonstra que a aplicação mais explicita dos dois filhos, é que o desobediente representa os falsos lideres religiosos, ao passo que o filho que finalmente obedeceu, embora a principio se recusasse, representa os pecadores notórios, mas que finalmente chegam a arrependimento. É muito provável que os discípulos de Jesus tivessem vindo principalmente deste último grupo.

Todavia, o fato que ambos a eram filhos, implica em idêntica oportunidade e responsabilidade pelo uso da oportunidade que Deus oferece a ambos. Essa oportunidade assume a forma de orientação para o serviço e a vida piedosa.

O pai não deixou na ignorância a nenhum de seus dois filhos.

A vinha é um ótimo símbolo, porque fala de um trabalho que nunca termina e que requer uma atenção constante: O serviço de Deus, a vida piedosa, a indagação espiritual, jamais se realiza totalmente.

•Quanto mais fazemos, mais encontramos para ser feito.

•Quanto mais nos desenvolvemos, mais nos apercebemos da necessidade de nos desenvolvermos.

•Quanto maior a nossa vitória sobre o pecado, tanto mais sensíveis nos tornamos para com a necessidade de sermos santos.

Aquele que deixa o trabalho na vinha, logo terá de voltar ali, porquanto a tarefa jamais termina.

1.2 PORQUE NECESSITAMOS DO ARREPENDIMENTO?

Nesta parábola Jesus constrange os lideres religiosos a admitirem sua própria culpa, porquanto eles eram como o filho que mostrou a intenção de servir, mas que jamais colocou a intenção em obras. 

O NOSSO maior problema SOMOS NÓS. Somos corrompidos.

Nosso coração é uma fábrica de iniquidade.

É de dentro de nós que procedem maus desígnios.

Não é o mundo, é o meu coração. Não é simplesmente a pornografia, é o meu coração lascivo. Não é a guerra, é o meu coração perverso. Não é a injustiça social, é o meu coração avarento.

Não há libertação, cura nem restauração, onde não há arrependimento.

1.3 OS AGENTES DO ARREPENDIMENTO

PERGUNTA A CLASSE

O QUE GERA O ARREPENDIMENTO?

Divida em Grupos

2. O PROCESSO DO ARREPENDIMENTO

1.É preciso ter profunda consciência do seu estado e condição

Daniel 5:23: “O Deus em cuja mão está a tua vida, e de quem são todos os teus caminhos, a ele não glorificaste”.A essência do pecado não é ser culpado de ações particulares, é não estar glorificando a Deus.

2. É preciso ter profundo desejo do perdão divino

3. É preciso ter profunda consciência da nossa total impotência

Quando a consciência acorda é uma coisa tremenda. Mais cedo ou mais tarde a consciência de todo homem despertará. Às vezes, ela só desperta no leito da morte. Outras vezes, só depois da morte (Lc 16:19-31). A consciência do homem rico só despertou no inferno.

4. É preciso ter uma novo atitude para com Deus

Muitos ao pecarem deixam a Deus, a igreja, a Bíblia, a oração. Fogem de Deus. Esse é o caminho oposto do arrependimento. Quando nos voltamos para a cruz, encontramos uma fonte de cura, restauração e perdão. Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar.O homem que não percebe que precisa de perdão não é cristão.

3. OS FRUTOS DO ARREPENDIMENTO

1. Possessão grande júbilo e alegria

Essa alegria não é algo que tem a ver com o temperamento. É a alegria de Deus. É a alegria da salvação, é alegria do céu.

O seu pecado rouba temporariamente a alegria. O pecado é um ladrão de alegria.

2. Desejo de viver para a glória de Deus, testemunhando para os demais as maravilhas divinas

Veja o exemplo de Davi que após o arrependido de seu pecado, quer agora viver para agradar a Deus e não aos seus próprios desejos. Em vez de pedra de tropeço, instrumento de bênção para os outros. Davi não quer mais viver nas trevas, quer revelar aos outros a luz de Deus.

O perdoado é aquele que não se contenta em apenas ter a bênção para si, ele quer ser portador dessa bênção para os outros.

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Créditos: Chaplim - Novo Testamento Comentado e Hernandes Dias Lopes