domingo, 16 de abril de 2017

METODOLOGIA DE ENSINO Aplicativa - EBD - Escola Bíblica Dominical

A mentalidade da Aplicação

A mentalidade é uma postura ou opinião preponderante.
O professor cristão deve não apenas dar o conteúdo, mas, sim aplicá-lo na prática. 

A aplicação está relacionada com sabedoria, transformação e maturidade.

2 Tm. 3. 16, 17. Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça;  para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra.

A palavra de Deus foi dada com dois propósitos:
Para que o cristão seja perfeito;
Para que ele se torne habilitado.



As palavras perfeito e habilitado tem a ver com “saber”, ou com “ser e fazer”. A preocupação de Deus não é só com o conteúdo mas sim com a aplicação dele na nossa vida.

Modelo da aplicação
Recebemos de Deus o encargo de pegar a Bíblia e aplicá-la à vida do crente, de forma que ele mude e se torne mais perfeito e habilitado.
A fonte: a inspirada revelação de Deus para os crentes. As escrituras são a fonte básica do professor cristão, para fazer os alunos crescerem, de forma que venham a se tornar perfeitos e habilitados. Rm 12. 1,2. 

A transformação ocorre através da renovação de nossa mente, de forma que se ajuste às escrituras. A Bíblia é o fundamento de toda mudança.

Como aplicar a Bíblia ao Cristão
Como é que eu ensino a Palavra de forma que o homem de Deus possa ser transformado, habilitado e se torne perfeito?
2 Tm. 3. 16, 17 - Apresenta três métodos primordiais de aplicação para atingir o alvo de Deus, uma mudança permanente no caráter e na conduta do crente.

qEnsino e correção – associados à crença.
qEducação e repreensão – associados à conduta.
qEnsino: (didaskalian) significa instruir, ensinar aquilo que é para ser aprendido.

Correção: (epanorthosen) tornar novamente reto, corrigir os erros.
Educação na justiça: o termo aqui é paideian. Refere-se a criação da criança (pedagogia). Para nós é guiar os crentes no caminho de Deus. De acordo com um dos melhores dicionários gregos esse termo se refere a “todo treinamento e educação de crianças relativamente ao cultivo da mente e da moral, aos mandamentos e admoestações, às repreensões e punição. Hb. 12. 5, 8. (termo empregado no seu sentido básico)

Repreensão: fala da convicção ou punição de um pecador ou tentativa de colocá-lo no caminho correto. A educação é de sentido positivo e a repreensão é de sentido negativo. A educação é o treinamento do cristão sobre como viver para Cristo e a repreensão impede o Cristão de se comportar de maneira imprópria e se emprenha em alinhar o comportamento dele aos mandamentos de Cristo.
O resultado: Cristãos maduros e habilitados.
Paulo apresenta duas metas: primeira é “que o homem seja perfeito…” perfeito (artios) significa apto, completo, suficiente, capaz de satisfazer a todas as exigências.
A segunda meta é que estejamos “perfeitamente habilitados” habilitado (exertismenos) que está relacionado com a mesma raiz da palavra artios e significa “completamente trajado, completamente provido, totalmente equipado, perfeitamente suprido para toda boa obra”.

Deus nos deu a Bíblia, objetivando atingir dois alvos: mudança de caráter (quem eu sou) e mudança de conduta (o que eu faço).

1. A aplicação é a razão central da revelação de Deus.
Ensinar não é apenas contar histórias Bíblicas. Existe uma diferença quilométrica entre ensinar fatos e ensinar mudança de vida com base nos fatos. Não foi visando o conteúdo que Deus nos deu a Bíblia, mas visando a tornar-nos iguais a Cristo.

2. A aplicação é responsabilidade do professor.
Como a Bíblia foi dada por Deus para o propósito da aplicação, aquele que a ensina precisa honrar e cumprir esse propósito específico. O apóstolo Paulo entendeu que a aplicação é responsabilidade primordial de quem ensina. Cl. 1. 28, 29.

3. A aplicação e a informação devem ser equilibradas.

Que percentual de uma aula normal é na sua visão, dedicado ao conteúdo (o que a Bíblia diz) comparado ao percentual dado a aplicação (como devo viver)? O que Paulo nos ensina com a carta de Romanos.

4. A aplicação atinge a máxima influência quando o aluno enxerga sua base bíblica.
Lembremo-nos da expressão: “Assim diz o Senhor” A. T.
Para que nossas aplicações disponham do máximo possível de força, elas precisam estar cercadas pela autoridade da Bíblia.
Somos os “moises” dos dias atuais. Somos chamados para ajuntar o povo para dizer-lhe o que o Senhor ordenou. O Senhor nos chamou não para subirmos o monte e nos dar duas tábuas de pedras mas nos confiou 66 livros e nos comissionou a ensinar “todas as coisas que vos tenho ordenado”.
Quando ministrarmos a lição precisamos nos certificar de que acabamos de descer do monte e o nosso rosto está resplandecendo da glória de Deus e o nosso coração incendiado.

5. Uma aplicação que causa impacto na vida dos professores tende a causar na dos alunos.
As aplicações são mais eficazes, não apenas quando os alunos ouvem a palavra do Senhor, mas também quando a ouvem de um professor, que já foi transformado pelas verdades que agora ministra. O professor é o intermediário da mensagem. Ele está entre o Senhor e o povo. Ele é o agente de entrega que Deus concedeu a igreja e quem ensina a Palavra, é o elo vivo entre ela e o povo de Deus. Os professores não podem melhorar as Escrituras, mas podem prejudicar a mensagem dela.

6. A aplicação deve conduzir o aluno, do estudo à prática.
Os professores devem conduzir os alunos a duas transições: primeira – do estudo à obediência. Focaliza aquilo que o aluno está fazendo: estudando ou obedecendo.
Segunda: da Bíblia para Cristo. Aponta para aquilo que o aluno está dirigindo sua atenção: à Bíblia ou a Deus.

-           O Cristianismo é um relacionamento com uma pessoa viva, Jesus Cristo. Devemos levar nossos alunos além da verdade, ao que é a própria verdade.

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