A
mentalidade da Aplicação
A mentalidade é uma postura
ou opinião preponderante.
O professor cristão deve não
apenas dar o conteúdo, mas, sim aplicá-lo na prática.
A aplicação está
relacionada com sabedoria, transformação e maturidade.
2 Tm. 3. 16, 17. Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa
para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça;
para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa
obra.
A palavra de Deus foi dada com dois propósitos:
•Para que o cristão seja
perfeito;
•Para que ele se torne
habilitado.
As palavras perfeito e
habilitado tem a ver com “saber”, ou com “ser e fazer”. A
preocupação de Deus não é só com o conteúdo mas sim com a aplicação dele na
nossa vida.
Modelo da aplicação
Recebemos de Deus o encargo de pegar a Bíblia e aplicá-la à vida do
crente, de forma que ele mude e se torne mais perfeito e habilitado.
A fonte: a inspirada
revelação de Deus para os crentes. As escrituras são a fonte básica do
professor cristão, para fazer os alunos crescerem, de forma que venham a se
tornar perfeitos e habilitados. Rm 12. 1,2.
A transformação ocorre através da renovação de nossa mente, de forma
que se ajuste às escrituras. A Bíblia é o fundamento de toda mudança.
Como
aplicar
a Bíblia ao Cristão
Como é que eu ensino a Palavra de forma que o homem de Deus possa
ser transformado, habilitado e se torne perfeito?
2 Tm. 3. 16, 17 - Apresenta três métodos
primordiais de aplicação para atingir o alvo de Deus, uma mudança
permanente no caráter e na conduta do crente.
qEnsino e correção –
associados à crença.
qEducação e repreensão –
associados à conduta.
qEnsino: (didaskalian) significa instruir,
ensinar aquilo que é para ser aprendido.
Correção: (epanorthosen) tornar novamente reto, corrigir os erros.
Educação na justiça: o termo aqui é paideian. Refere-se a criação da criança (pedagogia). Para nós é guiar os
crentes no caminho de Deus. De acordo com um dos melhores dicionários gregos
esse termo se refere a “todo treinamento e educação de crianças relativamente
ao cultivo da mente e da moral, aos mandamentos e admoestações, às repreensões
e punição. Hb. 12. 5, 8. (termo
empregado no seu sentido básico)
Repreensão: fala da convicção ou punição de um pecador ou tentativa de colocá-lo no
caminho correto. A educação é de sentido positivo e a repreensão é de sentido
negativo. A educação é o treinamento do cristão sobre como viver para Cristo e
a repreensão impede o Cristão de se comportar de maneira imprópria e se
emprenha em alinhar o comportamento dele aos mandamentos de Cristo.
O resultado: Cristãos maduros e habilitados.
Paulo apresenta duas metas:
primeira é “que o homem seja perfeito…” perfeito (artios) significa apto, completo,
suficiente, capaz de satisfazer a todas as exigências.
A segunda meta é que
estejamos “perfeitamente habilitados” habilitado (exertismenos) que está relacionado com
a mesma raiz da palavra artios e significa “completamente trajado, completamente provido,
totalmente equipado, perfeitamente suprido para toda boa obra”.
Deus nos deu a Bíblia,
objetivando atingir dois alvos: mudança de caráter (quem eu sou) e mudança de
conduta (o que eu faço).
1. A aplicação é a razão
central da revelação de Deus.
Ensinar não é apenas contar
histórias Bíblicas. Existe uma diferença quilométrica entre ensinar fatos e
ensinar mudança de vida com base nos fatos. Não foi visando o conteúdo que Deus
nos deu a Bíblia, mas visando a tornar-nos iguais a Cristo.
2. A aplicação é
responsabilidade do professor.
Como a Bíblia foi dada por
Deus para o propósito da aplicação, aquele que a ensina precisa honrar e
cumprir esse propósito específico. O apóstolo Paulo entendeu que a aplicação é
responsabilidade primordial de quem ensina. Cl. 1. 28, 29.
3. A aplicação e a
informação devem ser equilibradas.
Que percentual de uma aula
normal é na sua visão, dedicado ao conteúdo (o que a Bíblia diz) comparado ao
percentual dado a aplicação (como devo viver)? O que Paulo nos ensina com a
carta de Romanos.
4. A aplicação atinge a máxima
influência quando o aluno enxerga sua base bíblica.
Lembremo-nos da expressão: “Assim diz o Senhor” A. T.
Para que nossas aplicações disponham do máximo possível de força,
elas precisam estar cercadas pela autoridade da Bíblia.
Somos os “moises” dos dias atuais. Somos chamados para ajuntar o povo para
dizer-lhe o que o Senhor ordenou. O Senhor nos chamou não para subirmos o monte
e nos dar duas tábuas de pedras mas nos confiou 66 livros e nos comissionou a
ensinar “todas as coisas que vos tenho ordenado”.
Quando ministrarmos a lição precisamos nos certificar de que
acabamos de descer do monte e o nosso rosto está resplandecendo da glória de
Deus e o nosso coração incendiado.
5. Uma aplicação que causa
impacto na vida dos professores tende a causar na dos alunos.
As aplicações são mais eficazes, não apenas quando os alunos ouvem
a palavra do Senhor, mas também quando a ouvem de um professor, que já foi
transformado pelas verdades que agora ministra. O professor é o intermediário
da mensagem. Ele está entre o Senhor e o povo. Ele é o agente de entrega que
Deus concedeu a igreja e quem ensina a Palavra, é o elo vivo entre ela e o povo
de Deus. Os professores não podem melhorar as Escrituras, mas podem prejudicar
a mensagem dela.
6. A aplicação deve conduzir o
aluno, do estudo à prática.
Os professores devem conduzir os alunos a duas transições: primeira
– do estudo à obediência. Focaliza aquilo que o aluno está fazendo: estudando
ou obedecendo.
Segunda: da Bíblia para Cristo. Aponta para aquilo que o aluno está
dirigindo sua atenção: à Bíblia ou a Deus.
- O
Cristianismo é um relacionamento com uma pessoa viva, Jesus Cristo. Devemos
levar nossos alunos além da verdade, ao que é a própria verdade.
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