EBD BETEL LIÇÃO 9 - Compreendendo a Lei da Semeadura -29 de novembro de 2015
Compreendendo a Lei da Semeadura
29 de novembro de 2015
Texto Áureo
Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Gálatas 6.7
Verdade Aplicada
A diferença entre pessoas de sucesso e as outras é a percepção e a atitude que tomam diante daquilo que Deus coloca em suas mãos para administrar.
Textos de Referência.
2 Coríntios 9.8-11
8 E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda suficiência, abundeis em toda a boa obra,
9 Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; A sua justiça permanece para sempre.
10 Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça;
11 Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se deem graças a Deus.
Introdução
Todas as nossas ações no mundo físico têm repercussão no mundo espiritual. A lei do “dar” não está relacionada apenas com o aspecto financeiro, ela se relaciona a todas as áreas da nossa vida (Mt 7.1, 2; Lc 6.37, 38).
1. Entendendo as leis do dar
Se desejarmos boas repercussões, devemos fazer boas ações. É evidente que esse princípio tem uma vida aplicação muito mais ampla em nossa vida, pois tudo o que fazemos é um investimento na carne ou no Espirito (Gl 6.7, 8). Trataremos agora em como o nosso dar se relaciona com a justiça de Deus.
1.1. Comer ou plantar?
Tudo o que investimos no Reino de Deus é comparado a uma semeadura e, muitas vezes, não semeamos porque não conhecemos a repercussão espiritual de uma semeadura (Lc 12.21; Mt 19.21). Existem pessoas no Corpo de Cristo que reagem de diferentes maneiras diante de um elemento que Deus lhes dá. Alguns fazem a opção correta de plantar a semente, outros simplesmente a comem. Lamentavelmente, a grande maioria de cristãos ao redor do mundo conhece apenas a parte do cristianismo que destila provas e decepções por não saber discernir e fazer bom uso das coisas que Deus coloca em suas mãos.
1.2. O dar como princípio de gratidão
O ato dar se relaciona com um princípio de amor que redunda como gratidão pela graça recebida (2Co 9.8). O dar como gratidão funciona bem, mas precisamos anexar a esse sentimento mais duas formas, que são: o dar como honra e o dar baseado na justiça de Deus (Pv 3.9, 10; 2Co 9.9, 10). A honra não busca receber nada. Ela compensa a gratidão recebida e a justiça é o reconhecimento divino baseado em nossa atitude de crer naquilo que somente Ele pode fazer. Ofertar não é algo que fazemos, mas algo que somos. É um estilo de vida para o cristão que compreende a graça de Deus. Além disso, a graça de Deus enriquece o servo do Senhor, moral e espiritualmente, de modo que cresce em caráter cristão.
1.3. A justiça compensatória de Deus
A justiça de Deus é simbolizada por uma balança onde as nossas obras são pesadas (Dn 5.27). A balança tem dois lados. De um lado estão as nossas obras, do outro, o que Deus coloca para nos abençoar. Se colocarmos bastante de um lado, Deus se vê obrigado a colocar bastante do outro lado por causa da Sua justiça (2Co 9.10). Se colocarmos muito na balança das obras, Deus também não faz por menos (2Co 9.6). Quem planta pouco colhe pouco. Nossas ações determinam a quantidade da colheita.
2. Princípios da contribuição financeira
A contribuição financeira é um ato tão espiritual quanto pregar ou distribuir folhetos. Se semearmos de acordo com os princípios da graça, a semente se multiplicará e suprirá nossas necessidades. Analisemos a fonte de nossas bênçãos, o que Deus observa no ato da oferta e o princípio pelo qual Deus nos enriquece.
No ato de “dar” ninguém ganha de Deus. Paulo afirma que Ele é quem dá semente ao que semeia (2Co 9.6). Ele mesmo disse a Jó: “Quem primeiro me deu, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu” (Jo 41.11). Davi também sabia muito bem quem era a nossa fonte: “Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos” (1Cr 29.13b). Deus nunca precisou de oferta alguma de nossa parte, pelo contrário, Ele é quem primeiro semeia em nossas vidas para termos o que dar a Ele mesmo. E por que faz isso? Porque seu desejo é que sejamos supridos em todas as nossas necessidades e, tendo em abundância, outros sejam abençoados através de nossas vidas (2Co 9.6-12).
2.2. Quantidade e qualidade
Deus estabeleceu o percentual da investidura em Seu Reino (2Co 9.6). Deus trabalha com quantidade, mas também exige qualidade. Muito se fala a respeito da oferta de Caim e Abel, mas, se observarmos bem, existem duas coisas que se destacaram na hora da entrega de ambos: Caim saiu em desvantagem porque ofereceu o fruto de uma terra amaldiçoada ao Senhor (Gn 3.17; 4,3). No entanto, o quesito principal observado por Deus no ato da oferta foi a pureza do coração dos ofertantes (Gn 4.4, 5; 1Jo 3.12).
2.3. Enriquecendo em tudo
Na passagem de 2 Coríntios 9.11, o termo grego usado para expressar “Tudo” está na voz passiva. Significa que não atuamos, recebemos uma ação. Ou seja, não enriquecemos, somos enriquecidos. Esse é um princípio de justiça, porque se damos, Deus nos enriquece, e, em “tudo”. Isso não é teologia da prosperidade. É a Bíblia que está dizendo que Deus nos enriquece tanto no espiritual, quanto no material. Não há motivos para queixas. A resposta é que enquanto uns semeiam, outros comem a semente! Na casa de Deus existem esses dois tipos de pessoas e a pergunta é: qual deles somos nós?
3. Os segredos de uma boa colheita
A leitura correta de uma oferta a Deus não é a base de troca, mas a alegria de levar ao altar do Senhor o reconhecimento por tudo o que Ele representa em nossas vidas. Observaremos agora três fatores importantes para uma boa semeadura: os segredos da provisão divina e seu crescimento, a correta motivação para uma semeadura e o que devemos semear.
3.1. O segredo da provisão do crescimento
Quando um israelita consagrava suas primícias, isto é, os primeiros frutos do ventre de suas mulheres, do ventre de seus animais e também dos frutos da terra, tudo o que vinha depois estava santificado pelo Senhor. Paulo cita o exemplo da raiz, nos dando a entender que, se ela for santificada, seus ramos e tudo o que dela surgir também o serão (Rm 11.16). Foi essa a leitura que os judeus receberam da Lei de Moisés. Eles entendiam que, ao santificar ao Senhor as primícias de sua renda, todo o restante da renda que ficavam em suas mãos estavam também, santificado (Pv 3.9).
3.2. Semear com a motivação correta
Em qualquer atividade que façamos, a motivação é um fator de importância vital. Um agricultor planta porque sabe que seguindo as condições corretas ele vai colher o que plantou. Paulo fala que nossa contribuição deve ser motivada pela alegria, com desprendimento, de coração livre. Não como contribuintes “tristes”, que dão de má vontade ou que dão porque precisam. Ele afirma que o verdadeiro juízo de uma boa obra não é o que a Igreja ou o mundo possa pensar dela, mas sim, a estima em que Deus a tem.
3.3. O que devemos semear?
Não existe uma maneira de se saber com exatidão sobre como e quando iremos colher, mas uma coisa é certa, tudo o que plantamos iremos colher (Gl 6.7). Devemos sempre semear boas sementes, não confiados não em nós mesmos, mas no Senhor, certos de que essas sementes vão produzir a seu tempo bons frutos para nossa alegria. Uma má escolha poderá acarretar sérios transtornos mais adiante. Por esta razão, devemos pensar no futuro e tomar sábias decisões, porque a colheita pode até tardar, mas não falhará. Se o passado não bom conosco, não devemos ficar estagnados com relação ao futuro, devemos seguir o conselho de Salomão, lançar sementes, semear em todo o tempo e, com certeza, Deus nos abençoará (Ec 11.1-6).
Conclusão
Mais do que nunca, é preciso que tomemos as mesmas atitudes de um agricultor. Devemos arregaçar as mangas e lançar as boas sementes. É bem verdade que estamos diante de um mundo cheio de escolhas. Sendo assim, tudo o que temos de fazer é escolher as melhores sementes e lançá-las.
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